08 de dezembro, comemora-se o Dia da Justiça.
Mas, será que há o que comemorar?

Quando estava na faculdade direito, me ensinaram diversos conceitos de justiça. Guardei para mim que justiça era o sentido de equilíbrio nas relações interpessoais.

Infelizmente, a “justiça” tomou um rumo desequilibrado, parcial e com os olhos abertos a interesses muito distantes do coletivo.

A lei, regula as condutas. Delimita até onde você pode ir, pois, a partir de então, haverá o direito do outro. A justiça,  nesse raciocínio é o alcance positivo da lei. Acredito que, já a alguns anos, esse conceito que guardei está distante da realidade…

Há situações em que se busca “fazer justiça”, com a aplicação da lei, e não se consegue. Por diversos motivos. Seja porque aquele que deveria zelar pelo cumprimento das leis, independentemente de quem elas vão atingir, andou mal, estava com os olhos tão vendados que “nada viu de errado” ou simplesmente preferiu atender a interesses particulares,  em troca de alguma vantagem.

E fica mais complicado entender essa equação desequilibrada quanto se nota que a lei é uma só e deve ser aplicada a todos, como já disseram há tempos, doa a quem doer!

Infelizmente, a “justiça” tomou um rumo desequilibrado, parcial e com os olhos abertos a interesses muito distantes do coletivo. Como resultado, percebo é cada vez mais desafiador inspirar as pessoas a praticarem seus direitos. E isto, seja pela demora nas soluções dos conflitos, seja pelas decisões desprovidas no senso comum, do razoável,  do equilíbrio entre o certo e errado, entre o “meu” e o “seu”.

E fica mais complicado entender essa equação desequilibrada quanto se nota que a lei é uma só e deve ser aplicada a todos, como já disseram há tempos, doa a quem doer!

Triste é que hoje será apenas mais um dia, e que não há nada a se comemorar, salvo mais um feriado prolongado para aqueles que trabalham no Poder Judiciário.

“Buscamos inspirar as pessoas a acreditarem na justiça, a defenderem seus direitos e a buscarem equilíbrio nas relações através da prática do direito.

Paulo Roberto Pinto

Advogado

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